Autor: AO/LUSA
A empresa do grupo SATA possui atualmente 635 trabalhadores nos Açores, Lisboa e Porto, tendo iniciado a sua operação, ainda com a designação de SATA Internacional, em regime ‘charter’ (voos fretados) para os Estados Unidos e Canadá, países onde existe uma forte comunidade de origem açoriana.
Em 1999, a transportadora passou a assegurar as ligações aéreas entre Ponta Delgada e o continente, bem como para o Funchal, na sequência de um concurso público aberto pelo Governo da República.
A Azores Airlines, que hoje opera para a Europa, Estados Unidos e África, fechou o último trimestre de 2017 com um prejuízo de 20,6 milhões de euros, desconhecendo-se ainda os valores totais do ano.
O passivo da empresa cujo capital social se pretende alienar de forma parcial é de 96,7 milhões de euros, enquanto o total do capital próprio é negativo em 45,4 milhões de euros.
As vendas e serviços da Azores Airlines totalizaram 133,6 milhões de euros, tendo os gastos com pessoal gerado um valor negativo de 23,1 milhões, enquanto o resultado operacional antes de gastos de financiamento e impostos foi de 18,3 milhões de euros.
Para acompanhar o processo de alienação de capital da Azores Airlines o Governo Regional dos Açores nomeou uma comissão especial a quem compete "fiscalizar a observância dos princípios e regras consagrados na lei, bem como a rigorosa transparência do processo".
A comissão é presidida pelo advogado Elias Pereira, responsável pela Ordem dos Advogados nos Açores, integrando ainda o economista António Martins Maio e o professor universitário da área da gestão de empresas João Carlos Teixeira.
Sem, contudo, revelar nomes ou o número de interessados, a administração do grupo SATA considera "um sucesso" a primeira fase de alienação de capital da Azores Airlines, de "análise e qualificação" das manifestações de interesse.