Autor: Lusa/AO online
O ataque à bomba visou um autocarro cheio de funcionários públicos.
Metade das vítimas mortais, entre as quais se contam pelo menos três mulheres, ficaram completamente queimadas, pelo que as autoridades estão a ter dificuldades na identificação, indicou um responsável do Ministério da Saúde Pública afegão, Baz Muhammad Shirzad.
"Alguns desses cadáveres gravemente queimados já foram identificados, mas ainda estamos a trabalhar para identificar sete corpos. Nem sequer sabemos se são adultos ou crianças", afirmou a mesma fonte.
O atentado ocorreu pouco antes das 7:00 locais (03:30 em Lisboa), quando um bombista suicida num carro atacou um autocarro que transportava funcionários do Ministério afegão das Minas e do Petróleo.
O porta-voz da Polícia local, Basir Mujahid, confirmou as circunstâncias do ataque, acrescentando que este aconteceu quando o autocarro estava a circular por uma área residencial de Cabul.
Os talibãs reivindicaram a autoria do ataque, indicando que o objetivo eram dois minibus com "interrogadores" dos serviços secretos afegãos.
"Esses dois minibus estavam sob vigilância há dois meses e foram atacados depois de terem recolhido todos os passageiros”, indicou o porta-voz do grupo Zabihullah Mujahid.
A principal agência de serviços secretos afegãos, o Diretório Nacional de Segurança (NDS), desmentiu esta versão.
Este é o mais grave atentado em Cabul desde 31 de maio, quando 150 pessoas morreram (e mais de 300 ficaram feridas) na sequência na explosão de um camião carregado com explosivos, à entrada de uma zona de alta segurança.
Os dados mais recentes da missão da ONU no Afeganistão indicam que o conflito naquele país alcançou um novo número recorde de mortes de civis: 1.662 mortos nos primeiros seis meses do ano.