Autor: Miguel Bettencourt Mota
Diz-se de um 'open studio', um espaço que não só trabalha com criadores residentes, como se dispõe a acolher outros artistas e a gerar resultados em contexto de colaboração. Na freguesia do Rosário, são os trabalhos em processo dos artistas Beatriz Brum, João Miguel Ramos e Navi the Character aqueles que já se podem contemplar neste primeiro evento público do atelier.
Beatriz Brum é quem está a gerir o
estúdio - a antiga carpintaria do pai -, mas tem-no partilhado com o
artista plástico João Miguel Ramos desde o início do ano.
"Inicialmente usei-o como espaço de criação para mim, mas depois senti a necessidade de partilhá-lo com alguém. Acabou por acontecer também por vontade do João Ramos e, agora, com o 'open studio' consegui concretizar a minha vontade de abrir portas ao público", disse Beatriz, também artista plástica. Afinal, o atelier foi criado no sentido de se constituir como um sítio onde se pode "ver e refletir sobre arte contemporânea nos Açores", prosseguiu em entrevista a este jornal.
Para a jovem micaelense, o estúdio é mais um elemento que se vem juntar à oferta cultural existente na Lagoa e considera que poderá contribuir para tornar a cidade "um ponto de referência" no roteiro das artes em São Miguel.
Este primeiro evento, que marca a natureza 'open studio' daquele espaço,
está a ter o apoio do Walk&Talk - Festival de Artes e da Adega Mayor
Em 2018, o Brum Atelier tem o "ambicioso" objetivo de acolher residências artísticas que integrem criadores exteriores à Região.