Açoriano Oriental
Associação cria dístico para certificar locais acessíveis nos Açores
A Associação Regional para a Promoção do Turismo Acessível nos Açores vai disponibilizar um serviço de consultadoria que, entre várias valências, permite a atribuição de um dístico que certifica locais e infraestruturas acessíveis para pessoas com dificuldades de locomoção.

Autor: Lusa/AO Online

“A associação verificou durante este ano que havia uma lacuna no que respeita à consultadoria na área da acessibilidade e mobilidade e criámos este novo serviço dividido em quatro vertentes: acessibilidade e ‘design for all’; promoção turística; educação e formação; e certificação e dístico", afirmou o presidente da associação Access Azores, Tiago Valente, em declarações à Lusa.

Esta associação regional ligada à área do turismo acessível apresenta hoje na Horta, ilha do Faial, este serviço, que vai estar disponível na sua plataforma eletrónica (www.accessazores.org), com o objetivo de apoiar entidades, instituições e empresas.

“Qualquer entidade e instituição poderá contactar a associação e, consoante o que for solicitado, realizamos este apoio de consultadoria”, explicou Tiago Valente, destacando que este serviço permite atribuir um dístico de acessibilidade a espaços, infraestruturas, serviços e locais na região.

Segundo Tiago Valente, o dístico, com três níveis de acessibilidade e bilingue (Português e Inglês), foi criado pela associação, que pode ser contactada previamente por qualquer entidade que esteja interessada em obter esta certificação.

A ideia é certificar de forma uniforme locais, espaços e infraestruturas que cumpram todos os requisitos para acessibilidade a pessoas com deficiência motora ou dificuldades de locomoção, salientou.

"Já temos constituída uma matriz de avaliação que está em consonância com a legislação em vigor na área da acessibilidade e com alguns normativos europeus em vigor. Caso nos seja solicitado esta certificação, vamos ao local, verificamos se o espaço cumpre todas as regras, por exemplo, se tem o estacionamento exterior, se tem quartos adaptados, um balcão de atendimento adaptado. Vamos dando pontos e, no final do somatório, vai ser atribuído o nível de acessibilidade", explicou, frisando que a associação "não é uma entidade fiscalizadora".

A ideia é contribuir para um turismo acessível e potenciar a acessibilidade nos edifícios e locais públicos, também para idosos com mobilidade bastante reduzida, realçou Tiago Valente.

Além destes certificados, este novo serviço da associação permite consultadoria na área de avaliação de projetos de arquitetura e planeamento urbanístico sem barreiras arquitetónicas.

Existem na região "estruturas construídas de raiz, mas que não cumprem os requisitos de acessibilidade", sublinhou Tiago Valente.

Apoiar a criação de documentos orientadores para a promoção do turismo acessível e realizar ações de formação e ‘workshops’ na área da língua gestual e áudio guias em várias ilhas dos Açores são outras das vertentes deste serviço.

"Todo o nosso objetivo de consultadoria na área da acessibilidade e mobilidade é exatamente para alertar para a importância que a acessibilidade tem, também como forma de diferenciação na área do turismo, e, por isso mesmo, pretendemos dar este contributo nesta área que ainda está na região a dar os primeiros passos", frisou o presidente da Access Azores.

 

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