Autor: Lusa/AO Online
Mais de 140 chefes de Estado e de governo estarão entre os representantes dos 193 países membros da ONU numa altura em que os desafios à segurança global colocados pela emergência do movimento radical sunita Estado Islâmico ou o combate ao vírus Ébola que atinge a África ocidental voltaram a dar ânimo ao multilateralismo.
“Há muitas razões para estarmos incomodados por causa do estado do mundo. Mas também há muitas razões para termos esperança”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na segunda-feira antecipando a abertura dos trabalhos.
Portugal estará representado na Assembleia-geral da ONU pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que deverá dirigir-se ao plenário no sábado.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, estará hoje entre os primeiros a falar, logo a seguir à Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, quando o debate arrancar, com o avanço ‘jihadista’ no Iraque e na Síria como principal tema.
Nos intensos contactos bilaterais que decorrem à margem do formalismo das intervenções no plenário da ONU, os Estados Unidos tratarão também de consolidar a coligação internacional que já iniciou ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria.
Os líderes mundiais tentarão igualmente unir esforços para combater o Ébola, que o Conselho de Segurança já classificou como uma ameaça à paz mundial, para reconstruir Gaza após uma devastadora guerra de 50 dias e para encorajar o fim dos combates na Ucrânia entre tropas governamentais de Kiev e separatistas pró-Rússia.
O plenário da Assembleia-Geral da ONU termina em 30 de setembro.