Autor: Lusa/AO online
O ‘mayor’ de Nova Iorque, Bill de Blasio, que devia carregar no botão para acender as luzes da árvore, suspendeu a cerimónia depois da decisão de um grande júri de não acusar o polícia caucasiano Daniel Pantaleo da morte do indivíduo de raça negra Eric Garner, que acabou por falecer após a detenção, a 17 de julho.
As luzes da mítica árvore acenderam-se ao mesmo tempo que centenas de manifestantes se concentravam nas ruas de Nova Iorque para protestar contra este caso, com alguns cidadãos a acorrerem para as portas do Rockefeller Center.
A polícia procedeu a várias detenções e bloqueou avenidas, o que causou concentrações de pessoas e dificuldades de acesso ao local.
As manifestações surgiram depois de um grande júri de Nova Iorque ter decidido não acusar o polícia da morte de Eric Garner.
Doente de asma, Eric Garner vendia ilegalmente cigarros numa rua do bairro de Staten Island e o polícia, ao detê-lo, agarrou-o pelo pescoço, enquanto se queixava repetidamente que não conseguia respirar. O homem de 43 anos e com seis filhos acabou por morrer no hospital.
"Ele disse 11 vezes que não conseguia respirar", recordou hoje a viúva, Esaw Garner, ao referir-se a uma gravação em vídeo realizada por um transeunte sobre o momento da detenção na rua. "Não deveria ter sido morto desta maneira. Deveria estar aqui connosco a celebrar o Dia de Ação de Graças e o Natal”, insistiu Esaw Garner.
A partir de hoje e até 07 de janeiro, a árvore vai ser uma das atrações da "Grande Maçã", com mais de 45.000 luzes, assumindo-se com um símbolo das festividades natalícias na cidade dos arranha-céus desde 1933.