Autor: Lusa/AO online
A agência com sede em Londres e em Lisboa manteve, assim, a nota atribuída em maio e confirmada em setembro, fundamentando a decisão com a recuperação económica, assente nas exportações, a gestão proactiva da dívida, a queda do desemprego e a subida da taxa de emprego e o historial de estabilidade política, apesar das incertezas colocadas pelas eleições mais recentes.
A ARC destaca também que a política da zona euro está a responder aos riscos de deflação, assinalando que o programa de compra de ativos do Banco Central Europeu deverá expandir-se, ajudando a conter as pressões deflacionárias em Portugal.
Quanto aos principais constrangimentos destacam-se o facto de a economia continuar a ser pouco competitiva, o grande peso da dívida, que torna o país vulnerável às oscilações na confiança dos mercados, e as incertezas quanto às políticas económicas associadas ao resultado das últimas eleições legislativas.
A ARC acredita que as reformas realizadas até agora não serão revertidas, mas admite que existem dúvidas sobre a ação política futura e a estabilidade política.
“A retórica eurocética dos partidos de esquerda ameaça a dinâmica política”, refere a agência.
“A não aprovação do programa do novo governo minoritário de centro-direita liderado pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho pode levar a um cenário de novas eleições no primeiro semestre de 2016, a não ser que a Constituição seja alterada”, acrescenta a ARC, sublinhando que “este cenário pode introduzir um período de paralisia política no curto prazo”.