Açoriano Oriental
António Costa quer que esta continue a ser "a Europa de Schengen"
O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje, à chegada a mais uma cimeira em Bruxelas sobre a crise migratória e de refugiados, que é importante "garantir que esta Europa vai continuar a ser a Europa de Schengen".

Autor: Lusa/AO Online

 

Para António Costa, é necessário que, na gestão da atual crise migratória, a União Europeia acautele a liberdade de circulação, que "tem que continuar a ser uma das liberdades fundamentais desta Europa", preservando assim o espaço Schengen.

"A Europa que tem uma única fronteira externa, pela qual todos devemos ser solidariamente responsáveis, mas que não deve estar dividida em nenhuma fronteira interna", defendeu o primeiro-ministro português.

Da cimeira de hoje entre os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (EU) e o primeiro-ministro da Turquia, o primeiro-ministro disse ainda esperar que saiam outros resultados, como "reafirmar aquilo que é o dever da Europa, que é assegurar a proteção internacional que todo o ser humano, vítima da perseguição, das guerras, da falta de liberdade, merece e tem direito a obter".

"Em terceiro lugar, [garantir] que somos solidários e, portanto, devemos repartir de uma forma justa e empenhada, como Portugal está a dar o exemplo, o esforço de acolher este conjunto de refugiados", acrescentou, defendendo que também é necessário assegurar a manutenção de um "relacionamento responsável" com a Turquia.

Relativamente aos últimos desenvolvimentos na crise de refugiados, António Costa comentou que "a boa notícia é que finalmente os mecanismos de acolhimento estão a funcionar".

"Hoje mesmo, nós pudemos receber um avião vindo diretamente da Grécia com 64 refugiados. Ao longo desta semana, prevemos poder receber mais 50 refugiados, que estão a ser acolhidos, e que desejavelmente se integrarão na nossa sociedade", referiu.

O primeiro-ministro junta-se hoje aos restantes líderes europeus num almoço de trabalho, em Bruxelas, com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, sobre as dificuldades e os progressos na crise migratória.

O novo encontro União Europeia/Turquia realiza-se numa altura em que os responsáveis das instituições europeias voltam a referir o "demasiado elevado" fluxo de pessoas a atravessar fronteiras para a Europa e a necessidade de acelerar os regressos de migrantes ilegais desde a Grécia.

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