Açoriano Oriental
Aníbal Pires acusou PS e PSD de exercerem pressões sobre candidatos comunistas
O coordenador regional do PCP/Açores, Aníbal Pires, acusou o PS e o PSD de "exercerem pressões" sobre os candidatos da CDU às eleições regionais de outubro, assegurando que os elementos que integram a candidatura comunista não têm medo.
Aníbal Pires acusou PS e PSD de exercerem pressões sobre candidatos comunistas

Autor: Lusa/AO online

“As pressões exercidas sobre os candidatos ou eventuais candidatos da CDU são enormes e acontecem em toda a região. O PS e o PSD exercem pressão sobre eventuais candidatos, mas é bom que se diga aqui que esta candidatura é constituída por gente sem medo”, afirmou Aníbal Pires, na apresentação da candidatura da CDU pelo círculo de S. Jorge, que decorreu na quinta-feira à noite.

Na sua intervenção, Aníbal Pires recordou que o país e a região atravessam uma “crise grave”, aludiu ao aumento “dramático” das situações de emergência social e frisou que PS, PSD e CDS-PP “não podem fazer de conta que não é nada com eles”.

“O PS, o PSD e o CDS-PP são os responsáveis, mas agora, como se apresentam nas eleições regionais, parece que não têm nada a ver com isto”, afirmou.

Aníbal Pires criticou Vasco Cordeiro, candidato do PS, recordando que “fez parte do governo até há poucos meses, não pode agora prometer o paraíso para depois de outubro”, mas também Berta Cabral, candidata do PSD, defendendo que “não pode prometer o que sabe que não pode cumprir”.

Para o líder regional comunista, “se fossem somadas todas as promessas [feitas por Berta Cabral] seriam necessários dois ou três orçamentos regionais”.

Aníbal Pires salientou que a CDU apresenta aos eleitores “um projeto político alternativo, que procura um novo paradigma de desenvolvimento para os Açores, que potencie as produções locais”.

Nesse sentido, defendeu a necessidade de um “sistema integrado de transportes aéreos e marítimos, que potencie a troca de produções locais, criando um mercado com dimensão aceitável”.

A candidatura da CDU pelo círculo de S. Jorge será liderada por António Silva, bombeiro, 45 anos, que afirmou estar convencido que os candidatos comunistas podem “dar um contributo decisivo para que algo mude na ilha”.

“As pessoas estão fartas das promessas dos três partidos do costume e das suas palavras vãs, enquanto veem a vida em São Jorge tornar-se cada vez mais dura e difícil”, concluiu.

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