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América usa redes sociais para trabalhar e Europa para lazer
As redes sociais são utilizadas nos EUA para desenvolvimento económico e partilha de informação científica enquanto a Europa as prefere para entretenimento, defendeu esta noite no Porto Rodrigo Costa, o CEO da ZON.

Autor: Lusa/AO online
“Nos EUA há uma utilização brutal desta ferramenta (Facebook) no sentido do desenvolvimento económico e na Europa não é para isso. Na Europa a utilização é mais social que profissional”, disse o informático Rodrigo Costa durante a primeira conferência do ciclo ‘O que é a América Hoje’ que decorreu na Casa da Música do Porto.

Para o CEO da ZON “as redes sociais criam uma oportunidade de comunicação única para a comunidade científica” que não se está a verificar na Europa.

Actualmente, disse, “o Facebook conta com 800 milhões de utilizadores” o que é uma “percentagem significativa da população mundial”.

A esta ferramenta podem juntar-se o Yahoo, a Apple, o Google “e até a Groupon”, brincou José Fonseca de Moura, professor na Carnegie Mellon University, que apresentando essa diversidade questionou: “E onde está a Europa e o Japão?”

Na revolução das redes sociais a Europa ficou em silêncio e agarrada a toda uma série de convenções que não existem numa América pragmática em cuja Bill of Rights se pode ler que “tudo é permitido, desde que não explicitamente proibido”, contou o catedrático.

“Toda a criatividade continua a estar centrada nos EUA e conhecimento atrai conhecimento”, respondeu Rodrigo Costa.

Que o diga Manuela Veloso, professora de Computer Science na Universidade Carneggie Mellon que rumou aos EUA aos 26 anos para lá ficar apenas um. Passaram 27 e desde 1997 que participa num campeonato do mundo de robots que jogam futebol: o Robocup.

“Nos EUA há liberdade para errar e recomeçar”, disse na conferência. Talvez seja esse o American Dream.
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