Açoriano Oriental
'Ameba devoradora de cérebro' mata dez pessoas no Paquistão
Um parasita transmissível pela água, conhecido como 'ameba devoradora de cérebro' matou dez pessoas na maior cidade do Paquistão, informou um representante paquistanês na Organização Munial de Saúde (OMS).

Autor: Lusa/AO online

A ameba - Naegleria fowleri - vive em águas mornas e pouco limpas e pode infetar o sistema nervoso humano, embora isto raramente ocorra. Nesses casos, é difícil de tratar e pode levar à morte em cerca de uma semana.

O responsável do sistema de alerta rápido de doenças da OMS no Paquistão, Musa Khan, disse que as mortes foram registadas na cidade de Karachi entre março e setembro.

Khan explicou que as autoridades municipais lançaram uma campanha na zona para assegurar o abastecimento de água potável aos residentes. As autoridades de Saúde estão a empreender uma campanha de sensibilização para educar a população e os médicos de Karachi sobre a doença, acrescentou.

Outras partes do Paquistão foram também alertadas, mas até agora não houve registo de casos noutras regiões, disse Khan.

"Não há necessidade de pânico", sublinhou o responsável, alertando que as hipóteses de esta doença se espalhar são remotas.

Afirmou ainda que normalmente as pessoas não são afetadas pela forma mais grave da doença por beber água, mas sim por nadar em águas sujas ou por limpar o nariz com água contaminada.

Das narinas, o parasita viaja para o cérebro, onde destrói os tecidos. Os sintomas incluem febre, náuseas, vómitos, pescoço rígido e dores de cabeça.

A mesma doença já matou noutros países. Um norte-americano que ensinava a filha a nadar num lago do sudoeste do estado do Indiana morreu em setembro, semanas depois de ter sido infetado.

Waylon Abel, de 30 anos, foi admitido no hospital com dores de cabeça, náuseas, vómitos e febres. Foram-lhe administrados antibióticos e regressou 12 horas depois, tendo sido diagnosticado com meningite bacteriana.

Em julho, um rapaz morreu na Carolina do Sul com esta infeção cerebral rara, segundo as autoridades de saúde norte-americanas.

Os centros para a prevenção e controlo de doenças dos Estados Unidos registaram 32 casos de infeção foram registados no país entre 2002 e 2011. Apenas uma pessoa sobreviveu dos 123 casos conhecidos nos EUA entre 1962 e 2011.

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