Açoriano Oriental
Ambientalistas da Quercus aplaudem remoção de amianto até 2020
A organização ambientalista Quercus aplaudiu a decisão do Governo de remover o amianto dos edifícios públicos até 2020 e estima em 750 milhões de euros o montante necessário para fazer esse trabalho.

Autor: Lusa/Açoriano Oriental

 

A remoção de amianto em edifícios até 2020, no valor de 422 milhões de euros, foi hoje publicada em Diário da República.

O objetivo final é acabar com o amianto, responsável por graves doenças respiratórias quando inalado, nos edifícios onde se presta serviço público, numa operação que abrange mais de 4.200 imóveis.

A Quercus diz, em comunicado, que estão criadas as condições para o levantamento dos edifícios públicos contendo amianto e para a remoção desse material. Mas além de um valor monetário superior ao estimado pelo Governo fala em mais de seis mil edifícios sinalizados e diz que é altura de se começar a preparar o financiamento para remoção do amianto em edifícios privados.

A organização defende que é necessário fazer uma listagem de materiais que contêm amianto, definir critérios de ordenação (prioridades), efetuar estimativas de custo e propostas de calendarização, e procurar soluções de financiamento e finalmente reportar a execução das intervenções.

Alerta a Quercus que a “magnitude dos produtos que incorporam o amianto é muito grande” e que é fundamental identificar e referenciar a sua totalidade, “que se estima rondar os 3.000 artigos diferentes”. E depois além da cobertura é possível encontrar amianto em pavimentos, tetos falsos ou revestimentos das condutas dos edifícios.

E diz ainda que os casos de mesotelioma (tipo de neoplasia devido quase sempre ao amianto) referenciados em Portugal são 36, pelo que muitos casos serão mal diagnosticados, lembrando que “o amianto é a segunda maior causa de contaminação ocupacional do mundo”.

O amianto é uma fibra natural, com boas propriedades físicas e químicas, que foi muito utilizado, nomeadamente na construção, entre 1945 e 1990.

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