Açoriano Oriental
Alunos vão entregar documento reivindicativo ao Conselho Geral da Universidade dos Açores
Uma centena de alunos da Universidade dos Açores decidiu esta noite, em assembleia-geral, que vai entregar um documento reivindicativo ao Conselho Geral para se manifestar contra o novo modelo de pagamentos de propinas.
Alunos vão entregar documento reivindicativo ao Conselho Geral da Universidade dos Açores

Autor: Lusa/AO Online

 

“Foi aprovado, por unanimidade, a criação de um grupo de trabalho que irá redigir um documento a enviar ao Conselho Geral, que terá lugar já no dia 9 de outubro”, declarou aos jornalistas o presidente da Associação Académica da Universidade dos Açores, no final da assembleia-geral.

A reitoria da Universidade dos Açores procedeu ao fracionamento das propinas de 10 para quatro prestações de cerca de 250 euros cada, sendo que a primeira prestação teve que ser liquidada até 30 de setembro, o que, na leitura de Marco Andrade, acarreta “enormes dificuldades para os alunos”.

Marco Andrade frisou que “todas” as deliberações da assembleia-geral foram aprovadas, por unanimidade, num anfiteatro “cheio de alunos revoltados e indignados com as políticas de gestão da Universidade dos Açores”.

O dirigente estudantil da academia açoriana declarou que a segunda medida aprovada passa pela realização de nova assembleia-geral de alunos, um dia depois do Conselho Geral, independentemente de as suas pretensões serem atendidas ou não.

Marco Andrade admitiu que, na eventualidade das pretensões dos alunos não serem aceites pelo Conselho Geral, a assembleia-geral do dia seguinte poderá adotar uma “série de medidas que passem por manifestações ou paralisações”, entre outras ações.

Os alunos vão ainda solicitar uma audiência ao representante da República para os Açores para exporem a situação atual da Universidade dos Açores.

O líder da Associação de Estudantes da Universidade dos Açores criticou, por outro lado, o Governo Regional por não apoiar “suficientemente” a academia açoriana, na sequência da apresentação, hoje, no Conselho da Juventude, de um projeto que visa cativar para a região, os estudantes que estudam fora do arquipélago.

“O Governo dos Açores não tem o dever, mas, no entanto, tem uma participação de cerca de cinco por cento no orçamento da Universidade dos Açores. A apresentação deste projeto com esta percentagem de apoio à academia açoriana é quase contraditório”, declarou o dirigente estudantil, que salvaguardou não se referir a apenas a apoio financeiro, mas também logístico e material.

Marco Andrade considerou que o executivo açoriano “não pode continuar a refugiar-se no facto de a Universidade dos Açores estar sob a tutela do Governo da República”, tendo alertado para o seu impacto social, cultural e económico.

O dirigente estudantil frisou que o Governo dos Açores atribuiu a dois festivais de verão nos Açores, designadamente o “Azores Green Fest” (200 mil euros) e o Monte Verde Festival (145 mil euros), 345 mil euros quando a academia açoriana recebe 750 mil euros.

Marco Andrade referiu que a Associação Académica da Universidade dos Açores “continua a aguardar” resposta a vários pedidos de audiência feitos ao presidente do Governo dos Açores, uma vez que estas são políticas que “afetam diretamente não só a universidade mas também toda a região”.


   

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