Açoriano Oriental
Alunos fixam a ‘açorianidade’ com mural em Ponta Delgada

Da fauna à flora, da literatura à arquitetura, sem esquecer os artistas plásticos, ‘tudo’ cabe no mural dos alunos do Curso Científico de Artes Visuais da Antero de Quental



Autor: Miguel Bettencourt Mota

A açorianidade está a ganhar uma nova expressão - e cores - com uma pintura mural que, de dia para dia, cresce na freguesia de São José, em Ponta Delgada, pelas mãos de alunos do agrupamento de artes da Escola Secundária Antero de Quental (ESAQ).

A iniciativa decorre no âmbito do projeto Colorir São José, promovido pela Junta de Freguesia de São José, e está ser levada a efeito pelos estudantes de Oficina de Artes, tendo como 'tela' a parede do antigo Estádio Margarida Chaves.

A atividade está a ser coordenada pela docente e artista plástica Paula Mota, mas são os cerca de 20 alunos das turmas F e G que, agarrando o pincel, se encarregam de tornar os seus intentos visíveis na rua de Lisboa.

Assim, quem passa junto ao Coliseu Micaelense já pode correr os olhos por um mural que condensa elementos de obras de importantes nomes da pintura açoriana e reúne em harmonia a fauna e a flora do arquipélago. Para além disso, tendo lugar diante da Melo Abreu, o trabalho dos estudantes não esquece os produtos daquela que é a única cervejeira açoriana, nem deixa de recordar algum do património arquitetónico de Ponta Delgada, bem como alguns dos escritores regionais.

Com cerca de 25 metros de comprimento e perto de 2,5 metros de altura, o mural apresenta-se com um trabalho sobre artistas plásticos açorianos numa das pontas e com outro dos valores literários regionais na outra.

São, por isso, claras as inspirações em obras de autores como Canto da Maia, Domingos Rebelo e Catarina Branco na pintura mural que também pretende homenagear Antero de Quental, Teófilo de Braga, Natália Correia, Fátima Sequeira Dias e Joel Neto.

Isso mesmo deram ontem conta a este jornal, as alunas Bárbara Henriques e Catarina Oliveirinha. Ambas do 12º G, mas em lados extremos dos trabalhos, iam também vendo Luís Bento dar forma a pássaros como o priolo, o milhafre, o cagarro e o pisco, no centro do mural.

Mais à frente, Vanessa Paulo e Carolina Quaresma também pintavam edifícios e espaços que compõem a malha arquitetónica da freguesia de São José, como o Palácio da Conceição, o Convento da Esperança, a Casa das Palmeiras e o Campo de São Francisco.

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