Autor: Lusa/AO Online
“Não podem ser sempre os estudantes a pagar os problemas de gestão da Universidade dos Açores”, declarou Luís Pimentel aos jornalistas, na sequência do Conselho Geral da Universidade dos Açores, realizado em Ponta Delgada e que está a analisar um aumento de 15 euros nas propinas no âmbito do Plano de Reestruturação Financeira definido com o Ministério da Educação.
O dirigente associativo, que se fez acompanhar de cerca de 30 alunos, considerou que é prematuro dizer se a suspensão da votação do aumento de proprinas pelo Conselho Geral, hoje, para que o Conselho Estratégico se possa pronunciar, é ou não positiva.
“Vamos esperar para ver. Sabemos que, avançando-se para o Conselho Estratégico, poderá haver até a indicação de se ir para a propina máxima. Vamos refletir depois e avançar com medidas”, declarou o representante dos alunos.
Luís Pimentel sublinhou que estar contra o aumento de propinas não significa que a Associação Académica não esteja consciente dos problemas com que a universidade açoriana se confronta, mostrando disponibilidade para trabalhar em alternativas para ajudar a combater o passivo.
“Não é só dizer não. Há que pensar também nas necessidades da Universidade dos Açores. Não podemos deixar a academia morrer”, referiu.
A direção do organismo representativo dos estudantes esteve entretanto reunida com os restantes órgãos da academia açoriana para abordar a questão das propinas e mostrar o seu desacordo com o agravamento.
Num documento elaborado pela direção e assembleia-geral dos estudantes, considera-se que “não é líquido que um novo aumento de propinas seja uma necessidade ou mesmo uma medida técnica, dado que são do desconhecimento geral os resultados operados com o aumento de propinas no ano anterior”.
De acordo com os órgãos representativos dos estudantes, o aumento é negativo para a universidade, que tem uma dívida de cerca de dois milhões de euros.
“A Associação Académica distingue as ideias avulsas de propostas concretas e integradas com base em contas consolidadas”, considera-se no documento.
A direção associativa declara que “é um erro crasso sacrificar” a academia “em prol de uma organização opaca” e diz que nunca aceitará que seja o ensino a “pagar erros de administração”.
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