As águas límpidas e profundas, a existência de uma fauna pouco conhecida e o facto de ser uma zona ainda pouco explorada são algumas características que fazem do arquipélago um local privilegiado para o mergulho técnico, apontou o instrutor de mergulho João Neves no evento, realizado na Graciosa.

O mergulho técnico implica descidas a mais de 40 metros de profundidade e inclui o mergulho em gruta, o mergulho em naufrágio e o mergulho profundo, em que se ultrapassa os 100 metros de profundidade.

Nos dois primeiros tipos, em gruta e em naufrágio, o mergulho pode ser feito até ao limite da luz solar, com uma penetração limitada ou sem limites.

Segundo João Neves, o mergulho técnico tem vindo a conhecer um aumento de actividade, sendo mesmo o único sector de mergulho que se encontra em crescimento, por oposição ao mergulho recreativo, que está a sofrer um decréscimo acentuado de actividade

Dentro do mergulho técnico, o que decorre em grutas é, na perspectiva de João Neves, o que apresenta o mais elevado potencial turístico, especialmente se tiver lugar em cavidades simples, onde também podem ir os mergulhadores recreativos.