Açoriano Oriental
Açores provam que políticas nacionais dos últimos anos não eram inevitáveis, diz Vasco Cordeiro
O presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, disse que as "opções políticas nacionais" dos últimos anos, que arrastaram o país para uma "tormenta", não eram inevitáveis e que o arquipélago é a prova disso.
Açores provam que políticas nacionais dos últimos anos não eram inevitáveis, diz Vasco Cordeiro

Autor: LUSA/AO Online

"Entre a agenda ideológica de uns, a neutralidade colaborante de outros e, ainda, a inércia de alguns, o nosso país foi arrastado para uma situação em que voltaram a surgir, com gravidade, chagas sociais como o desemprego, a pobreza, a fome e uma fragilidade gritante, sobretudo, ao nível dos setores mais vulneráveis da sociedade", disse Vasco Cordeiro, no discurso que proferiu na sessão solene que celebrou a Dia da Região Autónoma dos Açores, nas Lajes das Flores. Para o presidente do executivo socialista açoriano, os Açores foram inevitavelmente afetados por essa "tormenta", mas, ainda assim, e fazendo uso das competências e recursos regionais, foi possível criar uma "via açoriana" para fazer este caminho e paliar os efeitos das medidas nacionais, sublinhou. Referindo os complementos a salários e apoios sociais que existem nos Açores, assim como a diminuição de impostos, Vasco Cordeiro sublinhou que a região fechou 2014 com um défice de 0,1% do seu Produto Interior Bruto e uma dívida pública de 35% do PIB. "A autonomia açoriana desmentiu dois mitos políticos dos tempos modernos. O primeiro, o da inevitabilidade das opções políticas que foram seguidas a nível nacional. O segundo, o da incompatibilidade entre finanças públicas saudáveis e bem geridas e uma política pública que, pura e simplesmente, assuma as suas responsabilidades no que respeita aos apoios às famílias e às empresas", afirmou. Vasco Cordeiro congratulou-se, ainda, com alguns "indicadores de recuperação" que considera serem hoje visíveis nos Açores, ao nível do desemprego e do turismo, mas sublinhou que "ainda não está concluída" a tarefa de sair "deste período de tormenta". "É importante lembrarmo-nos de que o sucesso da nossa autonomia, também nesse domínio, se mede pela nossa capacidade de fazer estender esses bons indicadores a todas as nove ilhas da nossa região", afirmou.

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