Açoriano Oriental
140.000 assinaram petição para Durão Barroso perder reforma da Comissão Europeia
Quase 140.000 pessoas assinaram até hoje uma petição lançada por funcionários das instituições europeias pedindo que sejam tomadas "medidas exemplares" face à contratação do ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso pelo banco norte-americano Goldman Sachs.
140.000 assinaram petição para Durão Barroso perder reforma da Comissão Europeia

Autor: Lusa/AO Online

 

“Em nosso nome, não!” é o título da petição, aberta a todos os cidadãos europeus até ao fim de setembro, para pedir “fortes medidas exemplares” contra Durão Barroso, “cujo comportamento desonra os funcionários europeus e a União Europeia”.

O apelo, lançado a 11 de julho, três dias depois do anúncio da contratação de Durão Barroso como conselheiro do Goldman Sachs International para as questões ligadas à saída do Reino Unido da UE (‘Brexit’), pretende alcançar as 150.000 assinaturas.

Ao princípio da tarde de hoje, a petição registava 139.989 assinaturas.

No texto, disponível no endereço https://www.change.org/p/for-strong-exemplary-measures-to-be-taken-against-jm-barroso-for-joining-goldman-sachs-international, os autores definem-se como “um grupo espontâneo de funcionários das instituições europeias” que se juntaram por estarem “cada vez mais preocupados com a deterioração da imagem do projeto europeu” junto de “familiares, amigos, vizinhos e cidadãos europeus” em geral.

A contratação de José Manuel Durão Barroso pelo Goldman Sachs – “um dos bancos mais implicados na crise do crédito imobiliário de alto risco que levou à crise de 2007-2008, a pior desde a Grande Depressão” - é qualificada no texto de “irresponsável”, “lesiva para as instituições europeias” e “moralmente repreensível”.

Os signatários defendem que o Conselho da UE e o Colégio de comissários devem levar o caso ao Tribunal de Justiça Europeu.

A essa instância pedem que, independentemente de ter sido respeitado o período de transição de 18 meses após o fim do mandato, “analise em pormenor e com toda a transparência” se foram respeitados os deveres de “integridade e discrição”.

À luz das conclusões dessa análise, o Tribunal deve “tomar medidas exemplares devidamente fortes” como “a suspensão da pensão como antigo presidente da CE” e de “possíveis títulos honoríficos relacionados com as instituições europeias”, sustentam.

O texto pede ainda um “reforço das regras éticas destas práticas de porta giratória” aplicáveis a antigos membros da Comissão.

Durão Barroso presidiu à Comissão Europeia entre 2004 e 2014.

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